Belíssima exceção
Não sou exatamente uma fã de telejornalismo. Sou capaz de lembrar de textos e páginas de jornais, revistas e sites sobre vários acontecimentos e de nenhuma imagem. Claro que nada bate ainda a transmissão ao vivo de catástrofes, eventos, competições e tudo o mais, mas são raros os repórteres capazes de me fazer deixar o livro, o jantar ou o que seja que eu esteja fazendo para prestar atenção numa reportagem de TV.
Hoje, o Luis Fernando Silva Pinto me fez parar tudo. Confesso que comecei a assistir pensando que seria mais uma daquelas matérias recheadas de imagens de agência e em que o repórter fala de Londres sobre a guerra no Iraque como poderia falar de Bali ou Guadalajara.
Ao quebrar um dos princípios consagrados do jornalismo – o de não se envolver, mas apenas reportar –, ele acabou fazendo a primeira reportagem que me emocionou em muito tempo. Ao ajudar uma família que estava separada pela falta de transporte na tragédia de Nova Orleans, a equipe de reportagem tocou, sem resvalar para o sensacionalismo ou a apelação.
Azar, chorei.
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